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Cinema brasileiro: uma ótima forma de viajar pelo país

Em 19 de junho, o país comemora o Dia do Cinema Brasileiro. Prestigiado no mundo e cada vez mais acessível a pessoas de todos os lugares devido aos serviços de streaming, os filmes que mostram as paisagens, músicas, povos e os tantos jeitos de ser do Brasil são também uma das melhores maneiras de viajar – e despertam a vontade de conhecer logo aqueles lugares das telas.

Afinal, quem nunca se encantou com uma cena e sonhou em viver uma igual? Neste post, vamos fazer uma viagem pelo histórico do plural e rico cinema nacional, com dicas de filmes que vão te levar como acompanhante a lugares incríveis.

Breve e bravo histórico do cinema brasileiro

Em 8 de julho de 1896, a primeira sessão de cinema foi realizada no Brasil. Aconteceu no Rio de Janeiro e exibiu pequenos filmetes que traziam filmagens de cidades europeias.

Porém, a data de celebração tem a ver com o dia 19 de junho de 1898, quando o ítalo-brasileiro Afonso Segreto (1875 – 1919), considerado o primeiro cineasta nacional, filmou a Baía de Guanabara, a bordo do navio Brèsil.

Segundo a Agência Brasil, ele voltava da França, onde aprendeu técnicas de filmagem. As históricas cenas desse dia inspiraram o pioneiro para o documentário A Praia de Santa Luzia, realizado em parceria com o seu irmão, o empresário Paschoal Segreto.

Os primeiros filmes produzidos em solo brasileiro eram pequenos documentários que retratavam cenas do cotidiano, com produções de baixo orçamento e pouca estrutura técnica.

Segundo o portal Uol, o cinema brasileiro ganhou novo fôlego na década de 1930, ano em que surgiu uma produtora de filmes chamada Cinédia, a qual passou a produzir algumas obras que deram origem a um gênero conhecido como chanchadas.

Esse gênero viveu seu auge nas décadas de 1940 e 1950, perdendo força na década de 1960. O Cinema Novo e o Cinema Marginal (ou Udigrúdi) foram duas importantes correntes do cinema nacional reconhecidas mundialmente.

De lá pra cá, muitos destaques aconteceram, como a repercussão de Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e Central do Brasil (1998), o qual concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e também de melhor atriz, com Fernanda Montenegro.

O país, inclusive, já concorreu diretamente ao Oscar na categoria de melhor filme internacional (ou estrangeiro) em outras três ocasiões: O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996) e O Que É Isso, Companheiro? (1998).

A maior premiação do cinema mundial também teve outras produções brasileiras na disputa:

  • 1945 Ary Barroso – “Rio de Janeiro” (Melhor Canção Original) para o filme Brazil.
  • 2001 Uma História de Futebol (Melhor Curta em Live-Action), filme de Paulo Machline.
  • 2003 Cidade de Deus (Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Fotografia), de Fernando Meirelles.
  • 2012 Carlinhos Brown e Sérgio Mendes – “Real in Rio” (Melhor Canção Original), da animação Rio.
  • 2016 O Menino e o Mundo (Melhor Animação), de Alê Abreu.
  • 2020 Democracia em Vertigem (Melhor Documentário), de Petra Costa.

Também – e bem! – brasileiros

Há outras produções de destaque que tiveram brasileiros em papéis importantes na frente e por trás das câmeras, mas que são considerados também de outros países.

O filme Orfeu Negro levou o Oscar de Melhor Filme Internacional em 1960. A produção fala sobre o Brasil, foi filmado no país e estrelado por Breno Mello, ator e jogador de futebol brasileiro, mas disputou a cerimônia representando a França, pois é do diretor francês Marcel Camus e uma coprodução entre Brasil, França e Itália. Vale destacar que é uma adaptação da peça Orfeu da Conceição, do “brasileiríssimo” Vinicius de Moraes.

Foto: Site Apostila do Cinema

O Beijo da Mulher-Aranha levou a estatueta de Melhor Filme (Melhor Direção), prêmio máximo da noite, em 1986. É uma coprodução com os Estados Unidos com nomes nacionais, como Sônia Braga, Milton Gonçalves e Nuno Leal Maia, que também se passa no Brasil. Foi dirigido pelo argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, responsável por diversas produções que levam o nome do Brasil ao mundo.

Filmes para viajar pelo Brasil

Agora que você já viu um pouco sobre a história e alguns dos grandes destaques do cinema nacional, que tal assistir a filmes que levam a lugares, culturas, sons e imagens que fazem esse país tão diverso e fascinante?

Veja algumas dicas do que assistir:

1 – Estômago: filme divertido, com uma história surpreendente e que traz nomes como Fabiula Nascimento e João Miguel como personagens principais, mostra ruas do centro de Curitiba e traz uma visão da cidade muito interessante. Foi dirigido pelo curitibano Marcos Jorge.

2 – Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, mostra a São Paulo do dia a dia e seus habitantes, entre desigualdades e realidades, capaz de atrair tantas pessoas, ainda que em diferentes tempos e permanências.

3 – Bela Donna é uma parceria entre Brasil e Estados Unidos e foi gravado em Morro Branco, em Itatira, no Ceará, lugar que atrai turistas do mundo inteiro por contar com algumas das praias mais bonitas do país.

E sabe o que esses três filmes têm em comum? No Paraná, em São Paulo e no Ceará, a rede Bristol está presente para fazer sua viagem render memórias incríveis e “dignas de cinema”!

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